UM POETA

UM POETA
nas viagens de minha mente brotam sentimentos... ora saudáveis, ora insanos... mas sempre e sempre vão brotar... sentimentos que deixam tranparecer um Anderson que nem sempre quer se mostrar, mas que insiste em escrever... deixando-se ver, tocar e sentir... através das letras. Que me traduzem os sentimentos da alma...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

INSTROPECÇÃO

LAMENTO INTROSPECTIVO



INTROSPECÇÃO

Na ânsia de alcançar de forma prematura conhecimento, reconhecimento e de passar de aprendiz a mestre, queimei etapas de suma importância em minha vida; em conseqüência disto, oportunidades se foram,momentos passaram,há... E que momentos! Momentos únicos, oportunidades ímpares, um kairós em minha vida cinza (vestida de preto e branco), que jamais terei de volta. Se foram, passaram como que desapercebidos ou não,pequenos momentos em que eu poderia e deveria emprestar significado. Enfim, o que mais terei perdido? Família? Amigos? (ou o amigo? O único que verdadeiramente é, ou foi, será?) Enfim, nada valeu a pena, nada!

Mas aqui estou eu, tentando a busca do que se passou. Encontrar o que se perdeu (aonde e como eu me perdi?), sozinho em meu casulo solitário, desculpem-me a redundância, tentando retornar ao tempo perdido; seria isto possível? Uma coisa digo: Me cansei de abortar e sepultar meus sonhos em minha cova de lençóis,tendo como parceiras de luto,minha anja (minha amada esposa carinhosamente chamada assim) e a madrugada,que quase nunca é fria,mas que me gela a alma já enfadada!

Há sim, já ia me esquecendo, necessário se faz dizer, casulo solitário rodeado de pessoas que, solitárias como eu, cada qual em seu casulo, buscando assim como eu (desculpem-me a abusiva redundância), respostas para os porquês, algo ou alguém que lhes aponte a jornada, o destino, o caminho, o único! (JESUS?)

Sendo assim, o que busco então? O caminho?Meu destino?Uma jornada?O que? Metamorfose? Metanóia? O que almejo? Redenção? Perdão? Reparar o que não tem reparo?

Risos... Interessante é que percebo algo, enquanto me prender aos porquês e questionamentos vãos, não chegarei a lugar algum, e já nem tenho mais sonhos para sepultar; então, qual a pergunta certa?Qual o sentido?

Enfim, não existe pergunta certa. Qual o sentido? O mesmo ora!Agora vejo, risos... Só agora! Compreendo meu presente momento, considerando meu passado; teoricamente, é simples assim. Toda ação produz uma reação em cadeia, risos?! Bem, na verdade nunca foram risos, e sim lágrimas de um copioso choro que em vão tentavam lavar minha alma! Observo pasmo meu passado, aceito meu presente e tento projetar e transformar meu futuro e vou! Em nome de Jesus!

Em suma, compreendo em mim mesmo meu presente considerando o que passou e o que está por vir e como conseqüência, constato que tudo teve sua utilidade, tudo. Tinha que assim ser, pois senão, até quando?

ANDERSON LUIZ DE SOUZA
(MINEIRO)


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